DROPS LITERATURA

COLUNA PITACOS 

POR LETICIA SANTOS

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O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas.

Conta a história de Edmond Dantès, um marinheiro vítima de um complô, que leva anos arquitetando e pensando na execução de sua vingança contra seus inimigos. É uma leitura que prende a atenção, é um clássico atemporal que não nos deixa com sono, vale a leitura.


Se Houver Amanhã, de Sidney Sheldon.

Continuando com prisões injustas, aqui conhecemos Tracy, que depois de ir para a cadeia se torna uma ladra habilidosa para castigar cada um dos responsáveis por colocá-la na cadeia. O que posso dizer? Sou fã de uma mulher colocando o mundo em seu lugar.


Medéia, de Eurípides.

Não me façam caretas, os clássicos devem ser respeitados e esse é curto e intenso. Medéia é uma das mulheres mais vingativas da cultura ocidental, façam o favor de ver até onde ela chega por sua vingança, se assustem, se admirem, e temam a fúria dessa mulher abandonada.


O Machão, de Harold Robbins.

Eu reconheço que o título nos faz torcer o nariz e que tive vontade eu mesma de matar o protagonista, mas, nesse livro que não consegui largar até terminar, temos a oportunidade de ver até onde uma filha pode ir para se vingar de um pai que odeia e pelo qual nutre um grande ressentimento. A vingança dela não é o centro do livro, mas foi a melhor parte para mim. Esqueçam o machão do título, vejam como a filha dele se endurece e luta para derrubá-lo.


Nobres Vigaristas, de Scott Lynch.

Livros de fantasia geralmente são meus preferidos para vingança, é sangrenta, é grandiosa e me deixa satisfeita ver como os inimigos são castigados. Toda a trilogia de Scott Lynch é sobre vingança, ela é a força motriz de Locke Lamora, o protagonista. Leiam, é hipnotizante e te deixa com pena de quem resolve atravessar o caminho dos nobres vigaristas, ainda que a tia aqui avisa que não é para quem tem estômago fraco e gosta de heróis, isso é sobre ladrões e assassinos, e de como amamos bons mentirosos audazes.

Six of Crows, de Leigh Bardugo.

Continuando com a vibe de fantasia, temos os dois livros que contam a história de um verdadeiro bastardo sem coração (mentira, ele tem sentimentos escondidos, sério mesmo), e seu bando de desajustados sociais, que se embrenham numa trama alucinante de enganos, violência e vingança. E você não sabe o que é frieza até ver o Kaz em ação.


A Crônica do Regicida, de Patrick Rothfuss.

Há pessoas que perdoam e esquecem e tem gente que planeja. Temos dois livros incríveis (e maravilhosamente enormes) dessa aventura, que nada mais é do que a busca do personagem principal por vingança, e como conhecimento é poder, Kvothe tem uma jornada em busca da habilidade necessária para derrotar os assassinos de seus pais. Tudo isso num universo onde magia é tratada como ciência e ele é um prodígio. Temos aqui um dos meus tipos favoritos de protagonistas, Kvothe não é um mocinho, ele é um homem em busca de vingança, cujas ações, por vezes, passam longe dos ideais dos cavaleiros.


A Esperança, de Suzanne Collins.

O último livro da trilogia, que começou com Jogos Vorazes, finaliza de forma magistral a saga, e meu aspecto preferido do livro é de como finalmente Katniss se vinga de seus ofensores de uma maneira de tirar o fôlego e nos faz terminar o livro com um sorriso maquiavélico, digno do Presidente Snow, um dos melhores vilões que já foram produzidos na literatura, porque ele é tudo o que um ditador sanguinário precisa ser. Acredito que heróis se pautam pelos vilões, e a vingança de Katniss só é tão eletrizante graças as maquinações e ações de seu principal (mas não único), inimigo.


A Lista Negra, de Jennifer Brown.

Fazendo meu mea culpa aqui, parei com a sede de sangue desenfreada para um livro sobre vingança depois do ocorrido. Convido-os a acompanhar Valerie, que viu sua lista de inimigos que deseja riscar do mapa literalmente morrendo pelas mãos do namorado com o qual fazia a lista de seus atormentadores. Aqui temos a face da vingança que foi feita, mas que deixou marcas maiores que as ofensas, é uma reflexão sobre como cada um sente e age de formas diferentes, o que funcionou de maneira catártica (talvez libertadora) para Levi arruinou a vida de Valerie.