|SENHORAS OBSCENAS
Por Rosana Banharoli
Sentada à minha frente, uma máscara polida. Uma fantasmagórica justaposição de ossos e tintas tentam esconder a escuridão. A força do mundo de ausência da cor. Não daquela que costurava suas peles semimortas. Daquela que nunca cingiu um sorriso. Ela veio a mim em busca de um significado. Entrei nela através da significação e nos entendemos. Acendi a vela e oramos juntas pelas chuvas e renascimentos. E vi a sombra a chama a profusão, quase uma outra cor.
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o sol anda escuro
&
o homem anda sombra
: a esperança, no caos
Há esperança no caos?
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Rosana Banharoli, poeta, escritora e letrista. Autora de três livros solos, participa de quase 50 Antologias de poesia e prosa. Trabalha como revisora,copidesque e parecerista; difusão, criação e coordenação de projetos literários. Idealizadora e curadora da Fliparanapiacaba 2014 em homenagem à Hilda Hilst.